19 de maio de 2025
Boletim Econômico | Cenário Global Mistura Sinais de Estabilidade com Pressões Inflacionárias 1t3a6e
Confiram as Atuais Notícias dos Indicadores que Influenciam Direta e Indiretamente para a Formação do IAVAG
Indicadores de Destaque:
Câmbio: ↓ R$ 5,82| Estimativa/2025
IPC: ↑ 0,2% | Abril/2025 (preliminar)
Juros nos EUA: = 4,25% e 4,50% | Estimativa/2025
PIB nos EUA: ↓ 0,3% PIB Real – 1º trimestre/2025
SELIC: = 14,75% | Estimativa/2025
Desemprego nos EUA: = 4,2% – abril/2025
PIB do Brasil: ↑ 2,2% | Projeção/2025
Petróleo Brent: ↓ 0,46% – US$ 65,10 | Contratos Futuros – 17/05/2025 – 18h00
Petróleo WTI: ↑ 1,41% – US$ 62,29 | Contratos Futuros – 17/05/2025 – 18h00
Óleo de aquecimento: ↑ 2,06% – US$ 2,16 | Contratos Futuros – 17/05/2025 – 17h55
Etanol anidro: ↑ 0,27% – R$ 3,1314/Litro | Média Semanal – SP – 16/05/2025
IPC (abril/2025): ↑ 0,48% (acumulado em 12 meses: 5,32%)
IAVAG de março: ↓ 0,70%
IAVAG em 12 meses: ↑ 11,59%
Dólar
O dólar fechou a semana cotado a R$ 5,78, com recuo de 1,2% na comparação semanal. A valorização do real reflete o alívio nas tensões comerciais entre EUA e China e sinais de estabilidade nos juros norte-americanos. A volatilidade ainda é esperada no curto prazo, em meio à divulgação de novos dados econômicos.
Índice de Preços ao Consumidor (I – EUA)
O I preliminar de abril apontou alta de 0,2%, acumulando 2,6% em 12 meses. A inflação segue próxima da meta, mas pressões sobre preços de energia e serviços ainda preocupam. O dado oficial será confirmado em 21 de maio.
Taxa de Juros – EUA
O Fed manteve a taxa de juros entre 4,25% e 4,50% pela terceira vez consecutiva. O comunicado reforçou que a política monetária continuará restritiva até maior convergência da inflação com a meta de 2%, embora já haja espaço para flexibilizações no segundo semestre. O mercado espera manutenção até setembro, quando a autoridade monetária pode iniciar cortes graduais se o cenário permanecer favorável.
Desemprego – EUA
A taxa permaneceu em 4,2% em abril. Os setores de saúde e serviços educacionais mantêm ritmo forte de contratação, enquanto varejo e tecnologia seguem com desaceleração. A criação líquida de empregos foi de 162.000 no mês.
PIB – EUA
O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA caiu 0,3% no 1º trimestre de 2025, segundo dados preliminares do Departamento de Análise Econômica. A queda foi influenciada por aumento nas importações e recuo nos gastos públicos. Espera-se leve recuperação nos próximos trimestres.
SELIC (Brasil)
A taxa básica de juros foi mantida em 14,75% pelo Banco Central. A decisão refletiu cautela diante da pressão inflacionária e incertezas externas. O comunicado indicou que novos ajustes dependerão da trajetória fiscal e dos núcleos de inflação.
Desemprego – Brasil
A taxa de desemprego subiu de 6,8% para 7,0% no primeiro trimestre de 2025 segundo os dados apurados pelo IBGE, o aumento da informalidade e a estagnação na indústria explicam parte do resultado. Apesar disso, serviços e agropecuária apresentam leve recuperação no ritmo de contratações, o que ajudou a conter uma alta maior do índice.
PIB – Brasil
O PIB brasileiro segue projetado em 2,2% para 2025. O setor de serviços continua sendo o principal motor da economia, sustentado pelo consumo interno. No entanto, a confiança do investidor e do consumidor ainda está fragilizada pelo elevado custo do crédito.
Heating Oil
Os contratos futuros do heating oil registraram alta de 2,06%, cotados a US$ 2,16/galão. A demanda sazonal nos EUA e interrupções em refinarias influenciaram o aumento. O mercado acompanha o comportamento dos estoques estratégicos.
Etanol Anidro
O preço do etanol anidro teve uma alta de 0,27%, com média de R$ 3,1314/L na semana encerrada em 16/05/2025. A maior demanda por combustíveis, atrelada a alta do dólar, contribuíram para que ocorresse este aumento no preço.
INPC – Brasil
O INPC de abril foi de 0,48%, mantendo o acumulado em 12 meses em 5,32%, com destaque para os grupos saúde (1,24%), vestuário (0,86%) e alimentação (0,76%). Para 2025, o IPEA mantém a projeção do índice em 4,2%, ainda acima da meta do governo.
IAVAG nos Últimos 12 Meses
abr/24 | ↑2,79% |
mai/24 | ↓-0,16% |
jun/24 | ↑3,33% |
jul/24 | ↑2,12% |
ago/24 | ↓-0,84% |
set/24 | ↓-2,54% |
out/24 | ↑4,15% |
nov/24 | ↑2,35% |
dez/24 | ↑2,86% |
Jan/25 | ↓-2,20% |
Fev/25 | ↑ 0,43% |
Mar/25 | ↓-0,70 |
Total | 11,59% |
Comentário sobre o IAVAG
Em março, o IAVAG registrou deflação de 0,70%, resultado de fatores como a queda do dólar, recuo no I americano e retração no preço do etanol anidro. O índice acumulado nos últimos 12 meses permanece elevado, em 11,59%.
Para abril, espera-se uma leve alta no índice, impulsionada pela elevação do INPC e do heating oil. No entanto, a contínua valorização do real pode atenuar esse efeito. A composição do índice, com 40% de peso do INPC, reforça o impacto dos preços ao consumidor na formação do IAVAG.
Fontes:
BCB, IPEA, BLS, BEA, IBGE, CEPEA, GOV, TRADINGECONOMICS, BRINVESTING, YAHII